quinta-feira, 25 de março de 2010

Agricultura Urbana

Até há pouco tempo atrás era capaz de parecer piada... Mas nos últimos anos a agricultura urbana tem vindo a ter crescente atenção e implementação, com múltiplas experiências pelo mundo inteiro e lugar cada vez mais assegurado, por exemplo, nas políticas / planos municipais – inclusive em Portugal.

E isto porque os benefícios potenciais são inúmeros, tanto para as pessoas directamente envolvidas como para as cidades como um todo. Alterações climáticas, segurança alimentar, eficiência energética, gestão de resíduos, crise económica, “epidemia de obesidade”, isolamento/enfraquecimento das redes sociais/ comunitárias urbanas são algumas questões bem actuais para as quais a agricultura urbana pode dar um contributo positivo. De facto esta actividade proporciona nomeadamente:
  • acesso a alimentos saudáveis, frescos e a baixo custo – com vantagens para a economia familiar e para a nutrição/saúde (acrescidas quando os produtos são de cultivo biológico, sem fertilizantes e pesticidas químicos);
  • actividade física;
  • oportunidades de lazer, relaxamento, convívio e até ‘terapia’ (veja-se por exemplo, esta reportagem nas hortas urbanas de Lugo/Espanha);
  • gestão/aproveitamento de águas e resíduos sólidos orgânicos;
  • redução da dependência de alimentos de regiões distantes (com consequente redução dos custos energéticos e demais desvantagens do transporte e armazenamento de alimentos);
  • efeitos no clima/microclima urbano (temperatura, humidade, captação de partículas e gases, etc.);
  • protecção e isolamento de edifícios (ver por exemplo aqui);
  • melhoria da estética e qualidade do ambiente urbano;
  • criação de postos de trabalho e reforço da economia local;

Este curtíssimo vídeo da autoria da Quercus explica num
“Minuto Verde”, Vantagens das Hortas Urbanas




Onde e como? Bom, desde a ocupação de lotes vagos, aos quintais e varandas particulares, passando por criação de hortas comunitárias (trabalhadas colectivamente) e outras hortas urbanas (em que os talhões podem ser entregues a indivíduos/ famílias), “telhados verdes”/green roofs e “paredes verdes” até “quintas verticais”, várias vão sendo as soluções encontradas para cultivar dentro das cidades. Há intervenções de ampla escala e natureza industrial – mas no GLOCAL interessam-nos sobretudo as iniciativas que podem ser desenvolvidas por autarquias, escolas, associações/ grupos, indivíduos…

Em próximos posts procuraremos dar mais pistas e exemplos aplicáveis a Faro

Para já se quiserem ver mais...
... a Wikipedia (em inglês…) tem uma introdução ao tema e vários links.
... esta notícia do Ambiente Online (2009-01-19) refere algumas experiências em Portugal

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