Vejamos por exemplo os seguintes dados:
Na região europeia (tal como é definida pela OMS/Organização Mundial de Saúde) o sector de transportes é responsável pelos maiores aumentos de emissões de gases de efeito de estufa (GEE) produzidos pelo homem.
(traduzido de “Fact Sheet” no site da OMS “The solid facts on climate change and health”, 12 Mar. 2010)
O sector dos transportes representa cerca de um terço do consumo final de energia dos países membros da AEA e é responsável por mais de um quinto das emissões de gases com efeito de estufa. (…) Além disso, o sector dos transportes tem um grande impacto na paisagem, devido à fragmentação das zonas naturais com graves consequências para animais e plantas.
(em Agência Europeia do Ambiente/AEA, http://www.eea.europa.eu/pt/themes/transport)
Efeitos no Ambiente e Saúde: uma década de factos e números
- Os acidentes de viação matam cerca de 100.000 pessoas por ano na Região Europeia, causando aproximadamente 2,4 milhões de feridos. Um terço dessas mortes recai é de pessoas de menos de 25 anos.
- Estima-se que a poluição atmosférica tenha reduzido em média 8,6 meses de vida de cada pessoa na UE-25, sendo as emissões resultantes do tráfego rodoviário responsáveis por parte significativa desse efeito.
- Cerca de 120 milhões de pessoas nos 15 Estados Membros que integravam a UE antes de Maio 2004 (UE-15) – mais de 30% do total da população – estão expostas a níveis de ruído de tráfego rodoviário que excedem o limite de 55 dB (Ldn).
- A falta de actividade física está associada a 600.000 mortes anuais na Região Europeia, onde se estima que entre 20 a 30% dos adultos sejam obesos.
- A emissão de gases de efeito de estufa pelo sector de transportes aumentou de 16,6% do total em 1990 para 23,8% em 2006 nos 27 actuais membros da UE e continua a aumentar. O transporte rodoviário é responsável por mais de 70% destas emissões.
- Os transportes estão 95% dependentes do petróleo e são responsáveis por 60% do seu consumo mundial; tal dependência expõe crescentemente o sector a choques relacionados com a oferta e a instabilidade de preços do petróleo.
- Hoje, a rede viária ocupa 93% da área total usada na UE para transportes; os comboios ocupam somente 4% e usam cerca de 3,5 vezes menos espaço por passageiro-kilómetro do que os carros.
(traduzido de “Fact Sheet” no site da OMS “Ten years’ work towards sustainable and healthy transport in Europe: key achievements and the way forward”, Jan. 2009)
Diminuir as distâncias percorridas por pessoas e bens/produtos, reduzir a utilização do automóvel, favorecendo a utilização de transportes públicos sustentáveis e, melhor ainda, as chamadas formas de mobilidade activa (andar a pé ou de bicicleta – ou de canoa… ;-), são então opções que trazem benefícios simultâneos para o ambiente, saúde, bem-estar e até para a economia local.
Neste, como noutros domínios, as escolhas de cada indivíduo têm um papel importante – mas muito depende também de acções a nível local, nacional e internacional. Tencionamos ir explorando aqui no blogue pistas sobre o que se pode fazer!
Alguns links:
Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres/IMTT: http://www.imtt.pt/
Agência Europeia do Ambiente/AEA. Tema: Transportes: http://www.eea.europa.eu/pt/themes/transport
(website principal: EEA/European Environment Agency: http://www.eea.europa.eu/)
Transport, Health and Environment Pan-European Programme: http://www.thepep.org/en/welcome.htm
Organização Mundial de Saúde/OMS – Europa. Transportes e Saúde: http://www.euro.who.int/transport
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