Proteger aves migradoras como águias, abutres e cegonhas e ajudar a reduzir em 60 por cento até 2020 o consumo energético português através de energias renováveis são algumas das potencialidades do novo parque eólico do Algarve inaugurado domingo.
Com uma tecnologia inovadora criada por portugueses e inspirada na NASA e na US Air Force, o novo "Parque Eólico de Barão de S. João", com 25 aerogeradores, vai permitir produzir energia para toda a população de Lagos - prevê-se que produza por ano, aproximadamente, 153 gigawatts por hora (GWH) -, com a particulariade de proteger as aves migratórias através de um sistema de deteção por radar e tecnologia SGPS/PTT, que faz deteção e seguimento automático da avifauna.
Com um investimento de 70 milhões de euros, a empresa E.On, um dos maiores operadores privados do mundo em eletricidade e gás, estima com este novo parque eólico no Algarve gerar energia elétrica limpa para cerca de 200 mil habitações, disse o presidente da E.ON Renováveis, Miguel Antoñanzas.
O ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento, Vieira da Silva, que presidiu à inauguração da nova estrutura, declarou que o novo parque eólico do Algarve vai dar três contributos energéticos para a política energética em Portugal.
"Diversifica territorialmente a produção de energia elétrica, sendo o maior parque eólico do sul do país, é uma componente da produção alternativa à importação de combustíveis sólidos e tem um sistema de controlo positivo na migração das aves", referiu o ministro Vieira da Silva.
"Este parque é mais uma importante peça numa estratégia que tem a mais elevada prioridade no nosso país", sublinhou o ministro, acrescentando que os novos aerogeradores vão contribuir para que até 2020 Portugal consiga alcançar o objetivo de 60 por cento do consumo energético provenha de fontes renováveis.
Por outro lado, o sistema de deteção por radar permite localizar aves de todo o tipo.
Desde pássaros do tamanho de um pardal até aves migradoras planadoras como abutres, águias e cegonhas são possíveis de detetar com a nova tecnologia instalada no maior parque eólico do Algarve.
Em declarações aos jornalistas, Miguel Repas, responsável pelo desenvolvimento da nova tecnologia para parques eólicos - da empresa STRIX -, disse que os aerogeradores com o sistema de radar deverão ter que parar cerca de 150 horas por ano para proteger a biodiversidade local e das aves migratórias.
A STRIX - uma empresa de prestação de serviços nas áreas do ambiente, energias renováveis e sistemas de informação - foi a responsável pelo Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto do "Parque Eólico do Barão de São João".
Fonte: Região Sul - http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=105816
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